Sociedade digitalizada: comunicação, informação e tecnologia

 Esse texto é um trabalho escolar da disciplina de Sociologia. O objetivo é apresentar os impactos da tecnologia em um conhecido. Por favor, seja compreensivo! Críticas construtivas são bem-vindas.

 

1969: o ano em que, pela primeira vez, o homem pisou na Lua. O ano em que Pelé completou seu milésimo gol. E o ano em que Hélio Rocha nasceu, em São João do Paraíso - uma pequena cidade no interior norte de Minas Gerais.

Tendo como prevalência uma área rural (54,1% segundo a monografia municipal do IBGE), os primeiros indícios de tecnologia e urbanização na cidade apareceram realmente apenas em 2003, quando foi criado o projeto Luz para Todos, que levaria energia elétrica para as zonas rurais.

Apesar disso, Hélio decidiu viajar para São Paulo, onde teve seu primeiro telefone, em 1997. O modelo Rzr V3 da Motorola não fazia muito mais que apenas ligações, mas desde então foi preciso se adaptar às evoluções constantes da tecnologia em meio a uma região mais desenvolvida nesse quesito. Ao longo dos anos, seu acesso foi ficando cada vez mais fácil à internet banda larga e celulares com mais funcionalidades.

Certamente Hélio não faz parte do grupo de nativos digitais - aqueles que tiveram fácil acesso à internet desde a infância -, e por isso, tem dificuldades para se adequar às exigências que se incluem ao usar um celular. Como seu primeiro contato com um dispositivo móvel foi aos 28 anos, significa que ele passou a maior parte da sua vida sem o uso de qualquer telefone, smartphone ou então computadores - que inclusive teve seu primeiro contato apenas em 2013.

"Como a gente se comunicava? A gente enviava carta pelo correio, eu tenho algumas até hoje", afirmou. "Ou recado: eu pedia para alguém dar o aviso por mim porque era muito longe e não podia falar eu mesmo".

Os impactos do uso frequente da tecnologia só são perceptíveis quando o analisamos cuidadosamente o quão presente os meios de comunicação e as redes sociais estão no nosso dia-a-dia. O próprio fato de que não percebemos com facilidade quanto tempo passamos em frente a um celular ou computador, já é por si só, uma consequência: além do individualismo e isolamento social que nos permitimos ao passar horas vendo um vídeo ou jogando, há a dependência e a alienação tecnológica.

Em 1947, Adorno e Horkheimer desenvolveram o conceito de indústria cultural. Na Alemanha Nazista, por exemplo, "a massificação cultural foi de extrema importância para assegurar a dominação sobre as classes trabalhadoras". Isso significa que a produção de bens culturais voltados para o divertimento dificultavam reflexões críticas e propiciavam o conformismo das massas e a naturalização da violência em que estavam submetidos.

Na sociedade atual, essa lógica também tem sua coerência: um acesso maior aos meios de comunicação gera maior demanda pelas indústrias culturais (rádio, TV, internet), o que permite uma manipulação maior. As fake news são exemplos de tentativas de distorção da realidade, porém muitas vezes feitas pelos próprios usuários.

As mudanças nas relações humanas e sociais não foram as únicas que sofreram impactos devido ao avanço constante da tecnologia: no mercado de trabalho, as exigências também se adequaram. O resultado foi competências relacionadas a informática e o conhecimento de ferramentas como o Excel, por exemplo. Essa alteração fez efeito no trabalho de Hélio, que precisou aprender a usar o email para enviar seus orçamentos.

"Um celular é útil para o dia-a-dia, mas ainda mais quando você consegue controlá-lo" é a frase conclusiva da análise das transformações na comunicação e seu impacto na vida de Hélio, ou de qualquer um. Uma relação saudável com os diferentes meios de comunicação sempre proporcionará lembranças ao usuário, e sendo elas digitais ou não, fazem parte da nossa história. 



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