"We can do it", mas precisamos de apoio - A questão da maternidade solo na sociedade brasileira
Esse texto é uma redação dissertativa argumentativa proposta pelo simulado ENAE 2021. Por favor, seja compreensivo! Críticas construtivas são bem-vindas.
Segundo o
filósofo Aristóteles, a base da sociedade é a justiça. Contudo, essa
afirmação contradiz o contexto da sociedade brasileira atual, visto
que as dificuldades enfrentadas na maternidade solo são um exemplo de injustiça
social causada pela insuficiência legislativa em relação à condição
de mães solteiras, problema que deve ser combatido o quanto antes.
Primeiramente, é
preciso salientar que a escassez de benefícios sociais para essas mulheres é
uma causa latente para o problema. Como exemplo, a pensão alimentícia é
garantida para mães que tenham se divorciado, conforme a Constituição de 1988.
Embora seja uma conquista, esse direito pode ser facilmente extinguido pela
falta de fiscalização do cumprimento da lei, criando uma situação de injustiça.
Além disso, a
visão historicamente construída sobre a mulher também é um fator para que mães
solo fiquem deslocadas na sociedade. O estigma de que mulheres têm a capacidade
de realizar mais tarefas contribui para a errônea conclusão de que a
maternidade pode ser enfrentada sozinha. Como consequência, o tema pouco se é
debatido.
Portanto, uma intervenção faz-se necessária. É
preciso que o Governo Federal, em parceria com os governadores, crie políticas
públicas para que mulheres em situação de maternidade solo recebam auxílio
financeiro e social com a intenção de se tornarem aptas a cuidar de seus filhos
sem que entrem em estado de vulnerabilidade econômica, ingressando-as no
mercado de trabalho. Também deve-se criar uma entidade destinada ao apoio
psicológico, tanto para as mães solteiras quanto aos seus filhos. Assim,
consolidaríamos um Brasil mais justo.
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